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A Análise Preliminar de
Riscos (A.P.R) consiste do estudo, durante a fase de concepção, desenvolvimento
de um projeto ou sistema, com a finalidade de se determinar os possíveis riscos
que poderão ocorrer na sua fase operacional e saná-los para que os mesmos não
aconteçam.
A A.P.R é utilizada
portanto para uma análise inicial, desenvolvida na fase de projeto e
desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, tendo especial
importância na investigação de sistemas novos de alta inovação e/ou pouco
conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na sua operação é
deficiente. Apesar das características de análise inicial, é muito útil de se
utilizar como uma ferramenta de revisão geral de segurança em sistemas já
operacionais, revelando aspectos que às vezes passariam despercebidos.
A Análise Preliminar de
Riscos teve seu desenvolvimento inicial na área militar.
A Análise Preliminar de
Riscos é uma técnica profunda de análise de riscos mas geralmente precede a
aplicação de outras técnicas mais detalhadas de análise (Hazop, Gretener,
FMEA), já que seu objetivo principal é determinar os riscos e as medidas
preventivas antes da fase operacional.
Na NR10 – Norma
Regulamentadora que trata dos serviços no SEP – Sistema elétrico de potência
(Sistema Elétrico). É previsto a aplicação da APR, quando da execução destes
serviços.
Os princípios e
metodologias da APR consistem em proceder-se uma revisão geral dos aspectos de
segurança de forma padronizada:
DESCREVENDO TODOS OS RISCOS E FAZENDO SUA
CARACTERIZAÇÃO
A partir da descrição
dos riscos são identificadas as causas (agentes) e efeitos (consequências) dos
mesmos, o que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de prevenção ou
correção das possíveis falhas detectadas;
A priorização das ações
é determinada pela caracterização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial
ou maior for o risco, mais rapidamente deve ser preservada.
Qualquer tipo de risco
no ambiente de trabalho antecipadamente deve-se realizar um estudo técnico de
forma a eliminar suas fontes a fim de não prejudicar o trabalhador.
Fazer a medição do
risco e analisar qual EPI será capaz de reduzir ou até mesmo acabar com a
insalubridade.
MEDIDAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO
APR tem sua importância
maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de controle e
prevenção de riscos, desde o início operacional do sistema, permitindo revisões
de projeto em tempo hábil, com maior segurança, além de definir responsabilidades
no que se refere ao controle de riscos.
a)
Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou similaridade
com outros sistemas, para determinação de riscos que poderão estar presentes no
sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base a experiência passada.
b)
Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de
desempenho, principais funções e procedimentos, ambientes onde se darão as
operações, etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e delimitar
o sistema que a missão irá abranger: a que se destina, o que e quem envolve e
como será desenvolvida.
c)
Determinação dos riscos principais: identificar os riscos potenciais com
potencialidade para causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor),
danos à equipamentos e perda de materiais.
d)
Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos,
determinando para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e
contribuintes associados.
e)
Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um
“brainstorming” para levantamento dos meios passíveis de eliminação e controle
de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com
as exigências do sistema.
f)
Analisar
os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais
eficientes para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados
caso ocorra perda de controle sobre os riscos.
g)
Indicação
de quem será responsável pela execução das ações corretivas e/ou preventivas:
Indicar claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou
corretivas, designando também, para cada unidade, as atividades a desenvolver.
A Análise Preliminar de
Riscos tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi
colocado, necessita às vezes de ser complementada por técnicas mais detalhadas
e apuradas. Em sistemas que sejam já bastante conhecidos, cuja experiência
acumulada conduz a um grande número de informações sobre riscos, esta técnica
pode ser utilizada de modo auxiliar.